Gestão dos riscos relacionados com as alterações climáticas
Medimos, gerimos e monitorizamos os riscos relacionados com as alterações climáticas, a fim de manter os preços estáveis e os bancos seguros.
Por que razão os riscos relacionados com as alterações climáticas são importantes para o BCE?
As alterações climáticas afetam o funcionamento da nossa economia.
Tal decorre de dois tipos de riscos:
- os riscos físicos das alterações climáticas, incluindo fenómenos meteorológicos mais frequentes ou graves, como inundações, secas e tempestades
- os riscos de transição associados à passagem para uma economia neutra em termos de carbono
Estes riscos têm impacto em indicadores macroeconómicos, como a inflação, o crescimento económico, a estabilidade financeira e a transmissão da política monetária. Afetam também o valor e o perfil de risco dos ativos no balanço do Eurosistema.
As alterações climáticas são importantes para o nosso trabalho como banco central e autoridade de supervisão.
Precisamos de ter em conta a influência das alterações climáticas no trabalho que desenvolvemos para manter a estabilidade de preços e financeira. Tal implica incorporar considerações sobre as alterações climáticas:
na nossa análise e tomada de decisões
nos nossos modelos macroeconómicos, projeções e cenários
na avaliação da estabilidade financeira
na análise e transmissão da política monetária
no quadro de gestão do risco
A mensuração e monitorização destes riscos são também importantes na salvaguarda da segurança e da solidez do setor bancário da área do euro e do conjunto do sistema financeiro. Compete‑nos assegurar que os bancos possam detetar, gerir e divulgar adequadamente os riscos, incluindo os resultantes das alterações climáticas.
Temos igualmente de gerir os riscos relacionados com as alterações climáticas no âmbito das nossas próprias carteiras.
O que está o BCE a fazer para gerir os riscos relacionados com as alterações climáticas?
Ajustamos as nossas operações de política monetária
Melhoramos as nossas capacidades de avaliação dos riscos, o que inclui gerir a exposição ao risco climático a nível do balanço do Eurosistema e avaliar como as notações de crédito que utilizamos têm em conta as alterações climáticas. Temos igualmente em consideração a influência das alterações climáticas no nosso quadro de execução da política monetária, sempre que apropriado. Tal abrange as nossas aquisições de ativos e o quadro de ativos de garantia.
ComunicadoProcedemos a testes de esforço e avaliamos o risco financeiro relacionado com as alterações climáticas
Procedemos a testes de esforço a nível do balanço do Eurosistema, das instituições de crédito que supervisionamos e do conjunto da economia. Desta forma, nós e outras entidades podemos compreender e gerir a exposição aos riscos relacionados com o clima, bem como a outros riscos sistémicos para o sistema financeiro associados, podendo, assim, tomar decisões mais informadas.
Melhoramos modelos e dados
Publicamos um conjunto inicial de indicadores relacionados com o clima para melhorar a qualidade e disponibilidade de dados climáticos. Além disso, melhoramos os nossos modelos para avaliar o impacto das alterações climáticas na nossa economia.
Indicadores relacionados com o climaGarantimos que os bancos gerem os riscos climáticos e ambientais
Na qualidade de autoridade de supervisão bancária, asseguramos que os bancos disponham de métodos seguros e prudentes para identificar, avaliar e gerir os riscos climáticos e ambientais e que divulguem de forma transparente os riscos a que estão expostos.
As alterações climáticas e a supervisão bancáriaVEJA TAMBÉM
Saiba mais
O nosso plano de ação climática
A nossa agenda climática descreve em pormenor o trabalho em curso no BCE relacionado com as alterações climáticas, o qual está organizado em torno de seis domínios prioritários e tem por base os nossos três objetivos climáticos estratégicos.
Agenda climática do BCE