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Como contribui a inovação para o crescimento?

27 de junho de 2017

A inovação é essencial como fator impulsionador do progresso económico, sendo benéfica para os consumidores, as empresas e o conjunto da economia. De que forma desempenha essa função, como contribui para o crescimento económico e o que pode ser feito para a promover?

O que é a inovação?

Em termos económicos, a inovação consiste no desenvolvimento e aplicação de ideias e tecnologias que melhoram os bens e serviços ou tornam a produção dos mesmos mais eficiente.

O desenvolvimento da tecnologia da máquina a vapor no século XVIII constitui um exemplo clássico de inovação. A máquina a vapor passou a ser utilizada nas fábricas, possibilitando a produção em massa, e revolucionou o transporte ferroviário. Mais recentemente, a tecnologia de informação transformou a forma como as empresas produzem e comercializam bens e serviços, tendo simultaneamente aberto novos mercados e dado origem a novos modelos de negócio.

Por que razão se preocupa o BCE com a inovação?

O objetivo primordial do BCE é manter a estabilidade de preços. Ao definir as taxas de juro diretoras, o BCE influencia as condições de financiamento na economia e, consequentemente, a procura geral de bens e serviços. No entanto, o potencial de crescimento a longo prazo da economia – que depende da inovação – também afeta a capacidade do BCE para cumprir o seu mandato.

Como a inovação tem efeitos profundos no enquadramento macroeconómico, o BCE acompanha a sua evolução e estuda as pré‑condições económicas e sociais que possibilitam e apoiam a inovação.

Porque precisamos de inovação?

Um dos benefícios mais importantes da inovação é o seu contributo para o crescimento económico. Dito de forma simples, a inovação pode conduzir a uma maior produtividade, o que significa que os mesmos fatores de produção geram mais produto. Com o aumento da produtividade, são produzidos mais bens e serviços, ou seja, assiste‑se a um crescimento da economia.

Como a inovação contribui para o crescimento

São desenvolvidas e aplicadas novas ideias e tecnologias, sendo gerado mais produto com os mesmos fatores de produção. São produzidos mais bens e serviços, o que estimula os salários e a rentabilidade das empresas.

A inovação e o crescimento da produtividade trazem consideráveis benefícios para os consumidores e as empresas. Com o aumento da produtividade, os salários dos trabalhadores sobem. Os trabalhadores ganham mais dinheiro e podem, assim, adquirir mais bens e serviços. Ao mesmo tempo, as empresas tornam‑se mais rentáveis, o que lhes permite investir e contratar mais empregados.

De que forma a inovação produz efeitos?

Normalmente, a inovação começa por ser de pequena escala, por exemplo, quando uma nova tecnologia é primeiro aplicada na empresa onde foi desenvolvida. Contudo, para que todos os benefícios da inovação se concretizem, é preciso que esta se propague pelo conjunto da economia e beneficie em igual medida empresas de diferentes dimensões e de vários setores. Os especialistas designam este processo de “difusão da inovação”.

Inovação na área do euro

Embora a Europa seja o berço de muita inovação e continue a ser uma região inovadora, existe claramente potencial para estimular ainda mais a nossa capacidade de inovação. Apenas três países da área do euro figuram entre as dez nações mais inovadoras do mundo no índice de competitividade global do Fórum Económico Mundial. Além disso, no que diz respeito à despesa com investigação e desenvolvimento (I&D), é persistente o desvio entre a área do euro e outras economias avançadas importantes.

Acresce que a difusão da inovação na área do euro é, aparentemente, lenta. Estudos recentes do BCE revelam, por exemplo, uma diferença de produtividade considerável entre as empresas mais e menos produtivas. Isto significa que, apesar de as empresas de vanguarda com bom desempenho serem extremamente inovadoras, as empresas mais atrasadas pouco beneficiam da inovação.

Como pode ser promovida a inovação?

As medidas estruturais para promover a inovação incluem aumentar a despesa com I&D e investir na educação, bem como permitir que os empreendedores criem empresas com maior facilidade e que as empresas insolventes saiam do mercado mais rapidamente. Além disso, as empresas podem facilitar a inovação, investindo nos seus recursos humanos e desenvolvendo a própria atividade de I&D.